Estabelecido como serviço essencial, o Detran volto ao atendimento do público em abril, com uma série de restrições para evitar a propagação da pandemia em MS. Porém nesse período de retorno, não foi apresentado um plano de biossegurança e procedimento básicos recomendados pelas autoridades em saúde, como uso obrigatório de máscaras, foram adotados com mais de um mês de atraso.

“Como o dever de proteger o servidor e os usuários do órgão também é do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-MS), estamos procurando informar como máximo de transparência sem causar pânico”, afirma o presidente do Sindetran-MS, Octacílio Sakai Junior.

Nesta última semana, muito foi discutido sobre a testagem de pessoas com sintomas de COVID-19. Segundo a OMS, mesmo com todas as medidas de segurança e prevenção, como o uso de máscaras, a lavagem frequente das mãos e o distanciamento social, é difícil reduzir a zero o risco de contaminação. Como algumas atividades, isso inclui o Detran, foram retomadas, é preciso garantir a segurança da população e neste ponto entra a importância da testagem.

O teste é importante, pois identifica a população de pessoas que estão apresentando a doença, que já tiveram a doença ou que são negativos. Desta forma, é possível identificar a população de indivíduos que devem ir para quarentena e aqueles que podem retornar às atividades de trabalho. Veja abaixo os tipos de testes:

 

RT-PCR

RT-PCR (do inglês reverse-transcriptase polymerase chain reaction), é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19, cuja confirmação é obtida através da detecção do RNA do SARS-CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente obtida de raspado de nasofaringe.

Passo a passo da RT-PCR:

Transforma RNA do vírus em DNA

DNA é amplificado

Se houver material genético do SARS-CoV-2 na amostra, sondas específicas detectam a sua presença e emitem um sinal, que é captado pelo equipamento em traduzido em resultado positivo.

Em caso de resultado positivo, a suspeita de COVID-19 é confirmada

Para realizar o procedimento é necessário ter a solicitação do seu médico. A coleta pode ser feita a partir do 3º dia após o início dos sintomas e até o 10º dia, pois ao final desse período, a quantidade de RNA tende a diminuir. Ou seja, o teste RT-PCR identifica o vírus no período em que está ativo no organismo, tornando possível aplicar a conduta médica apropriada: internação, isolamento social ou outro procedimento pertinente para o caso em questão.

Existem várias metodologias e protocolos para realização da RT-PCR, por isso, os resultados podem variar de um laboratório para outro. Nos próximos dias, postaremos uma notícia apresentando as diferenças entre métodos e como isso impacta na precisão diagnóstica.

Sorologia 

A sorologia, diferentemente da RT-PCR, verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus. Isso é feito a partir da detecção de anticorpos IgA, IgM e IgG em pessoas que foram expostas ao SARS-CoV-2. Nesse caso, o exame é realizado a partir da amostra de sangue do paciente.

Para que o teste tenha maior sensibilidade, é recomendado que seja realizado, pelo menos, 10 dias após o início dos sintomas. Isso se deve ao fato de que produção de anticorpos no organismo só ocorre depois de um período mínimo após a exposição ao vírus.

Realizar o teste de sorologia fora do período indicado pode resultar num resultado falso negativo. Por isso, para realizar o exame é necessário o pedido médico. Em caso de resultado negativo, uma nova coleta pode ser necessária, a critério médico. É importante ressaltar, ainda, que nem todas as pessoas que têm infecção por SARS-COV-2 desenvolvem anticorpos detectáveis pelas metodologias disponíveis, principalmente aquelas que apresentam quadros com sintomas leves ou não apresentam nenhum sintoma. Desse modo, podem haver resultados negativos na sorologia mesmo em pessoas que tiveram COVID-19 confirmada por PCR.

Testes rápidos

Estão disponíveis no mercado dois tipos de testes rápidos: de antígeno (que detectam proteínas do na fase de atividade da infecção) e os de anticorpos (que identificam uma resposta imunológica do corpo em relação ao vírus). A vantagem desses testes seria a obtenção de resultados rápidos para a decisão da conduta.

No entanto, a maioria dos testes rápidos existentes possuem sensibilidade e especificidade muito reduzidas em comparação as outras metodologias. O Ministério da Saúde aponta que os testes rápidos apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados negativos, o que pode gerar insegurança e incerteza para interpretar um resultado negativo e determinar se o paciente em questão precisa ou não manter o isolamento social.

Como o teste rápido não possui a mesma sensibilidade que os demais métodos, é importante ter a orientação e o acompanhamento de um médico. Por isso, o teste rápido é oferecido pelo Fleury nas consultas clínicas da SantéCorp, de Fleury Kids e por hospitais parceiros.

Os testes rápidos para COVID-19 são similares aos testes de farmácia para gravidez. No caso do teste para COVID-19, faz-se uso de uma lâmina de nitrocelulose (uma espécie de papel) que reage com a amostra e apresenta uma indicação visual em caso positivo.

Referências: OMS, Instituto Fleury