Foi publicado do Diário Oficial do Estado de hoje (31), o resultado do pregão para ‘contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de implantação, manutenção e operacionalização de sistema computacional integrado ao sistema do Detran, para guarda e recuperação de contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor, com serviços de conferência de contratos, provendo interoperabilidade e operação segura’.A empresa vencedora da licitação foi a Master Case Digita Business Ltda, que apresentou um valor mensal de R$ 503 mil, o que representa um gasto anual com o serviço de pouco mais de R$ 6 milhões.

Mesmo com a redução do valor inicial de 17 milhões para 6 milhões, o Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-MS) denuncia que não há necessidade real da contratação da empresa. “Continuamos a questionar se não é possível convocar aprovados em concurso, já homologado, para suprir as vagas existentes a um custo menor, uma vez que o serviço é permanente? O custo de aquisição do sistema e montagem de infraestrutura no próprio Detran foram levantados? Quão grande seria o impacto financeiro gerado com a aquisição do sistema, a fim de justificar a terceirização total do serviço?”, questiona o presidente do Sindetran-MS, Octacílio Sakai Junior.

Em entrevista hoje, o diretor-presidente do Detran, Gerson Claro comemorou a queda do valor do contrato, mas não explicou a real necessidade da terceirização, já que o órgão vai fornecer estrutura completa para a execução do serviço. Também não há explicações quanto a transferência tecnológica, tornando o Detran mais uma vez refém dessas empresas. “Toda vez que temos um novo contrato de terceirização ficamos preocupados. São dados dos cidadãos de Mato Grosso do Sul em mãos de empresas que nem sempre são idôneas. São serviços que nós servidores podemos executar e que tornam o órgão sempre dependente de empresas de informática. O governo precisa parar com as terceirizações”, afirma Sakai.