Os servidores estaduais que acompanharam a rápida votação que aprovou o projeto do Executivo de reforma da previdência estadual reclamaram do forte esquema de segurança montado, bombas de efeito moral e da condução das negociações nesta terça-feira (28).
“Nós nunca fomos tratados assim. Estamos arrasados e a resposta será trabalharmos para não reelegermos ninguém que fez isso”, reclamou uma servidora de 64 anos de Rio Verde de Mato Grosso, que atua há 30 no governo.
Encostada em uma das paredes da Assembleia, outra servidora disse ter 35 anos de carreira e nunca ter visto algo parecido. “A gente está sendo tratado como lixo. A culpa é nossa, que elegeu todo mundo que está aí. Nós sempre tivemos que protestar pelos salários, mas nunca fomos tratados desta forma”, reclamou, chorando.
Servidora de Terenos há 25 anos, outra funcionária disse não entender porque a polícia acabou soltando as bombas contra os servidores. “Eles são servidores também. Estamos aqui lutando por eles”, reclamou.
Em uma sessão que durou cerca de 25 minutos, os deputados estaduais aprovaram, por 13 votos a 7 a reforma da previdência dos servidores.
Foram favoráveis os deputados Beto Pereira (PSDB), Herculano Borges (SD), Mara Caseiro (PSDB), Paulo Corrêa (PR), Zé Teixeira (DEM), Eduardo Rocha (PMDB), Enelvo Felini (PSDB), Onevan de Matos (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Antonieta Amorim (PMDB), George Takimoto (PSDB), Marcio Fernandes (PMDB) e Renato Câmara (PMDB).
Contrários ao projeto votaram os deputados do PT, Amarildo Cruz, Pedro Kemp, Cabo Almi e João Grandão, Lídio Lopes (PEN), Coronel David (PSC) e Paulo Siufi (PMDB). Ausentes na sessão, os deputados Felipe Orro (PSDB), Maurício Picarelli (PSDB) e Grazielle Machado (PR).