Nesta semana, a diretoria do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-MS) visitou as agências do Detran de Corumbá e Ladário, para conversar com servidores e verificar as condições de trabalho nos locais. Várias demandas foram constatadas, que passam a fazer parte das reivindicações do Sindicato.

Em Corumbá, foram encontrados vários casos de desvio de função, fato que ocorre com frequência em agências do interior, por falta de servidores concursados. “Desvio de função é comum nas regionais. Tem Gestores de Educação lotados na Agência, mas são poucas as regionais que trabalham política de educação de trânsito nos municípios, por isso eles exercem outras funções”, explica o presidente do Sindetran-MS, Octacílio Sakai Junior.

Um dos pedidos dos servidores de Corumbá foi a implantação de um programa da capacitação para atualizar os servidores. “As capacitações e atualizações devem ser continuas. Os servidores precisam desses cursos para melhorar a qualidade do serviço prestado. E ao vermos os próprios servidores pedindo capacitação, vemos o comprometimento que eles têm com a prestação de um serviço de qualidade”, disse Sakai.

Em Ladário, a estrutura física da Agência é o grande problema dos funcionários. Pátio coberto de entulhos e mato, muros, paredes e até a fachada da Agência caindo, mostram o total descaso com o local, que foi inaugurada em 2009. Segundo os servidores, a situação de visível abandono reflete casos de corrupção na prefeitura da cidade. “É lamentável o estado estrutural da Agência de Ladário. Precisamos de uma intervenção rápida pela saúde dos servidores e usuários do Detran da cidade”, exclamou Sakai.

As visitas às Agências do Detran do interior do estado fazem parte da rotina da diretoria do Sindetran-MS para conversar com o servidores e verificar as condições de trabalho. Durantes as visitas, o Sindetran-MS têm constatado precárias condições de trabalho com degradação das agências, servidores com uniformes velhos e sem material de trabalho, entre outros fatores que comprovam o sucateamento do órgão. “Essa falta de investimento é mais evidente no interior, mostrando que o governo e a diretoria do órgão não estão preocupados com a qualidade do serviço. Esse comportamento evidencia o sucateamento do órgão para que haja mais terceirizações, mais licitações fraudulentas e mais casos de corrupção”, denuncia Sakai.