As ações contundentes de combate a corrupção por parte do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-MS) estão incomodando. É o que se pode constatar com a série de medidas por parte da diretoria do Detran, que evidenciam a perseguição ao Sindicato.
Na última semana, o presidente do Sindetran-MS, Octacílio Sakai Junior foi convidado a prestar esclarecimentos à Corregedoria do Detran, por supostas denúncias à diretoria do Detran. O incomodo partiu de um vídeo gravado por Sakai, em que são enumerados problemas no Detran. “Todas as denuncias apresentadas no vídeo são comprovadas documentalmente pelo Sindetran-MS, inclusive com pedidos de investigação feitos à justiça. Nada do que denunciamos é vazio”, argumenta do presidente do Sindetran-MS, Octacílio Sakai Junior.
Entre as mazelas citadas no vídeo está a contratação de empresa para realizar serviço que os próprios funcionários executavam. A famigerada licitação de 17 milhões, que foi denunciada pelo Sindetran-MS foi comprovada como ilegal judicialmente e acarretou outras investigações que culminaram na prisão de toda a cúpula do Detran. “O sucateamento do órgão é visível com a falta de investimento em infraestrutura e tecnologia. Não há abertura de concursos públicos para que se mantenham os servidores comissionados. Os servidores efetivos não recebem capacitação, equipamentos de trabalho e nem um salário digno, para que aos poucos sejam substituídos por comissionados, ou empresas terceirizadas”, explica Sakai.
Para a diretoria do Sindetran-MS, a perseguição ao servidores que trabalham com o Sindicato só comprova os interesses escusos por parte do governo e da diretoria do Detran. “Essas medidas da diretoria do Detran nos dão a certeza de que estamos fazendo um bom trabalho ao denunciar as irregularidades em nosso órgão. Porém ficamos entristecidos com isso, pois estamos lutando por condições de trabalho dignas e um órgão técnico e se somos perseguidos, indica que os gestores não estão nessa luta conosco”, explica o secretario geral do Sindetran-MS, Bruno Alves.
A perseguição de servidores coloca em risco o princípio democrático de participação popular na fiscalização da Administração Pública. “Os sindicatos são mecanismos de defesa dos interesses da categoria, e as medidas implementadas pelo Governo ao perseguir os dirigentes sindicais representa sua postura autoritária e antidemocrática”, finaliza Sakai.